No último mês estive em mentoria pelo Instituto Quebre as Regras em São Paulo. Um tema bastante interessante foi adotado em uma das palestras oferecidas no evento e tem a ver com a retomada da nossa economia em meio a pandemia do novo coronavírus. Muitos foram os impactos em toda a economia mundial. No Brasil, em 2020, nosso PIB provavelmente cairá de 5 a 6% (poderia ter um impacto ainda maior se não fosse o auxílio emergencial oferecido pelo governo federal).
A média da recuperação da economia
mundial, se expressada numericamente em gráficos, adota um formato em “V”, onde
temos uma queda brusca da economia e na sequência, findando a pandemia, também
haverá um crescimento exponencial. Percentualmente estamos falando de uma queda
de -5% em 2020 para um crescimento de + 5% em 2021.
No Brasil, se projeta uma retomada do
PIB próxima de 3,5% do PIB em 2021, e de aproximadamente 3% em 2022.
Para que isso ocorra é necessário termos algumas premissas que impactarão
diretamente no nosso resultado pós pandemia. A primeira, e que é nosso
principal ponto de partida, é a de disponibilização de uma vacina no primeiro
semestre de 2021. Ao que tudo indica teremos sim uma vacina neste período, e
acredito que somente uma grande falha da medicina nos afasta deste objetivo.
A partir desta primeira, e fundamental
premissa, temos outras que dependem basicamente de nosso país e englobam os
temas: ajuste fiscal, as reformas administrativa, tributária e da
previdenciária, bem como uma estabilidade político/institucional. Tais ações
são imprescindíveis para a melhor (ou pior) recuperação de nosso cenário
econômico.
Partindo deste ponto de vista, podemos
projetar numericamente, em um gráfico, uma curva de crescimento do PIB em que
muito se assemelha ao símbolo da Nike, onde temos uma queda abrupta repentina
na economia no ano de 2020, e que será suavemente inclinada para cima,
ao longo dos anos 2021 e 2022. Daí a semelhança que intitula o nosso texto, e
que nos dá esperança e confiança de uma retomada positiva em nosso cenário
econômico.