O mercado imobiliário começa a respirar os humores de uma reação positiva da macroeconomia. Somos o segmento mais sensível – para bem ou para o mal – dos humores da economia, já que a compra de um imóvel é uma decisão que envolve cautela e programação financeira.
Quando o mar não está para peixe, o consumidor é o primeiro a colocar o pé no freio, refletindo assim na crise do mercado imobiliário.
Depois de muitos atropelos na política e na economia, vemos uma reação muito animadora nas vendas de imóveis. As eleições presidenciais, a posse do novo governo e a política da equipe econômica estão influenciando positivamente o cenário da macroeconomia.
Notícias positivas como as taxas de juros que estão sendo mantidas, projeção de inflação do Banco Central baixa, em torno de 4,5%, pico da bolsa de valores superando os 95 mil pontos e a euforia dos investidores externos com as decisões tomadas até o momento sinalizam para uma retomada de crescimento, que o Brasil tanto precisa.
Na prática, já estamos vivendo uma significativa melhoria de vendas desde dezembro, que tradicionalmente é uma época em que o mercado fica desaquecido. Em janeiro, também tivemos resultados bem animadores.
Na nossa empresa imobiliária, mesmo sem lançamentos, dezembro cresceu 3% em relação a dezembro de 2017. Sem contar o interesse crescente para envio de propostas por parte dos clientes.
Tudo isso colabora para essa expectativa de que 2019 seja um ano de retomada dos negócios e, me arrisco a dizer, que seja um dos melhores períodos dos últimos cinco anos. Esse crescimento tende a se confirmar com a aprovação da reforma da previdência, fundamental para a credibilidade dos investidores no Brasil.
Ainda assim, provavelmente, o mercado só entrará em equilíbrio por volta de 2021, com a confirmação de todas essas premissas e promessas do Governo Federal em relação à economia. Estamos confiantes que os bons ventos finalmente voltaram a soprar.
Herberth Moreira é diretor Comercial e de Marketing da Rizzo Imobiliária.